domingo, 11 de março de 2012

A LUNETA DISTORCIDA



 Há muitos anos, no tempo em que os óculos se chamavam “lunetas” e eram usados só por intelectuais e cientistas, “um garoto comprou um par de lunetas para impressionar a namorada. Ele chegou à casa da menina, tocou a campainha e acomodou a luneta diante dos olhos. Para seu desapontamento, veio abrir a porta uma mulher desconhecida e esquisita, que se parecia com a mãe dela, mas não podia ser, porque tinha algo de estranhamente repugnante. O rapaz entrou na sala, que era o lugar de namorar naquele tempo. Quando a garota apareceu na porta, ele não pôde acreditar: ela parecia ter saído de “um planeta inferior”! Tudo nela estava diferente e insuportável! Sem forças e com o mundo girando à sua volta, ele se deixou cair no sofá, sem dizer uma única palavra. Ao ver o namorado branco e sem voz, a menina pensou que ele estivesse muito doente e gritou pelo pai, que era médico. A porta se abriu e o garoto viu um monstro que se aproximava: estetoscópio na mão, já ia tocá-lo, com suas garras, quando ele deu um salto e foi parar no outro lado da sala. No percurso, a luneta saltou longe e espatifou-se no chão. Então, tudo voltou ao normal e o rapaz viu sua doce pequena e os pais dela, simpáticos e amistosos como sempre.”

O simbolismo da luneta distorcida ajuda a compreender um limite do ser humano: a tendência de ver e julgar os outros, conforme a própria experiência e os próprios critérios. Por isso, nem sempre é real a imagem que formamos das pessoas.

Muitas vezes nós também nos sentimos vítimas de injustiça, quando alguém não compreende nossas intenções e nos ridiculariza, critica, condena e despreza.

É preciso usar óculos corretos e tirar da frente dos nossos olhos os preconceitos que não nos permite ver as qualidades e a reais intenções de quem convive conosco.

Ver as pessoas de modo correto é uma opção. Você pode continuar julgando por preconceitos ou para “entrar na onda” de quem ridiculariza e despreza. Mas pode apostar também em valores que constroem a amizade, a confiança e trazem segurança e felicidade.

O diálogo e o mútuo conhecimento formam as lentes adequadas para ver as pessoas da maneira como elas realmente são.


Próxima Semana: “Participantes da Imortalidade”

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Um forte abraço e até o nosso próximo tema.

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